21 de set. de 2007

Condenação de Perséfone


Primavera em mim
E Perséfone volto aos braços da Mãe
Não volto a mesma
Pois provei sementes de romã


Condenada
A ir e voltar


Cada descida provoca o desconforto
De explorar áreas ocultas de mim.
No escuro, me revelo
E me descubro
É Revolução.


Cada subida
Provoca o mesmo efeito da luz
Que ofusca os olhos que estiveram fechados
A princípio, nada é nítido
Tudo é disforme e os olhos doem
É Realidade.


Mas, aos poucos, a vida volta a apresentar
contornos familiares
É Rotina.

Nada prá sempre no mesmo lugar: Mulher.
Condenada e agraciada
A ser cíclica e lunar
A subir e descer
A ir e sempre voltar.


-Fabiane Ponte-

8 comentários:

SAM disse...

AnaLua aqui estou neste seu novo espaço, igualmente bonito e sensível, como você, minha querida.. Parabéns e sucesso!

Lindo poema de Fabiane Ponte. Perséfone sempre saudada pelos poetas e pintores...

Beijo terno

Kika disse...

AnaLua, que poema é esse menina?
Muito forte, revela e esconde ao mesmo tempo, amei... Parabéns!
Vou bater cartão por aqui!!!

Bjs, Kika!

Kika disse...

Ah, já está nos meus favoritos esse blog tbm!!!

SAM disse...

Ótima semana, querida!

Beijos

Anônimo disse...

Oi, AnaLua.
Está lindo seu blog querida.
Adorei tudo. Os poemas as imagens.
Parabéns!
Quanto a parceria eu te explico pelo orkut ok.
Obrigada pela visita e pelas palavras carinhosas. Até breve!
Beijus

Anônimo disse...

"...amigos, não deve um só conhecer
os oráculos que me revelou Circe, divina entre as deusas
Mas eu vou dizê-los, para que os conheçais, quer morramos,
quer escapemos à morte e evitemos o trespasse.
Ordena-nos primeiro que fujamos da voz das Sereias e do prado florido.A mim só, exortou a escutar a sua voz..." ODISSEIA

...sibila...só chat noir avec...entende, essa professia, que em sonhos te foi ditada...no oráculo de Delfos...

Anônimo disse...

Linda obra em acordo pleno com a sensibilidade da personagem colocada em palavras de força intensa em cada momento.

Parabéns

Anônimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado