8 de jul. de 2008

Do deserto



As palavras me abandonaram.

Palavras têm vontade própria, e são sempre pescadas no ar, quando se está em vôo.

No momento, estou fixa, com os pés fincados na terra.

Aliás, terra não, areia.

Areia do imenso deserto no qual me encontro.

Atravessar desertos é uma árdua tarefa, ando até vendo miragens, estou tomada por uma sede imensa, e caminho com o objetivo de saciá-la.

Creio que, ao encontrar um oásis, conseguirei novamente alçar vôos e pescar palavras no ar.

Por ora, sigo caminhando...


-Fabiane Ponte-

23 comentários:

Anderson Meireles disse...

Às vezes nos pegamos sendo andarilhos...e andarilhos hão de encontrar as palavras por suas andanças.
Garimpei tesouros escondidos aqui, um abraço!

SAM disse...

Querida amiga,

seja onde vai dar este caminho, em qual deles você escolher, por quais você passar, que seja sempre saciada sua sede pelas gotas da Esperança. Com os pés caminhe firmemente e que os bons ventos te faça alçar para concretização dos seus desejos.


Grande beijo

RENATA CORDEIRO disse...

Querida, preciso de força. Estou com 39 quilos e vc já conhece a minha históira. Venha ao meu blog, vc que escreve e transcreve coisas tão lindas.
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
não há ponto depois de www
Um beijo, lindinha,

ROSA E OLIVIER disse...

"intima semente baila em meu reino
ao sabor de tuas doçuras..."

Mille bacini (o teu poema é muito bonito!...)

renata disse...

espero que esteja bem..
te linkei, ok?
bjs.

Heduardo Kiesse disse...

Deixo-me aqui navegar e amar-te em palavras, nas tuas palavras, pelos teus caminhos, por mim após ter lido, adorei! Teu beijão!
Edu

Poeta Mauro Rocha disse...

Interessante seu blog, obrigado pela visita.

Ana Luisa disse...

Deserto é mesmo algo cruel, mas saudável ao fim da jornada. Nos aproxima do que de fato tem valor.

Cansa, mas prepara.

bjinhu.

Klatuu o embuçado disse...

A imagem de pescar no ar é esotérica, mesmo que você a ela tenha chegado por si mesma.

O Rei Pescador pesca no ar...

O texto é muito bonito.

Ni ... disse...

Dona moça, que texto intenso... Tem momentos que me sinto exatamente assim... Acho lindo qdo o poema não nos fala, mas sim fala sobre nós...

Beijo e mais beijos...

Colibri disse...

olá Fabiane,

Essas palavras logo virão... Muitas vezes somos nós próprios que fechamos a porta e não deixamos que as nossas emoções se transformem em palavras...

Outras vezes, simplesmente não queremos proferir as palavras das emoções que estamos vivendo... Por vezes há emoções que precisam de ser guardadas dentro de nós para serem renovadas...

Gostei da forma como falou sobre as palavras terem vontade própria e serem pescadas no ar, pois também sinto isso assim. Costumo dizer que meus poemas são como borboletas que passam saltitando no ar e que eu simplesmente os apanho...

Por vezes não vejo borboleta nenhuma, mas eu sei que elas estão cá... Muitas vezes são os meus sentimentos menos bons que as aprisionam e não as deixam voar...

Beijinhos e parabéns pelo seu blog. Voltarei mais vezes...

Carinhosamente,
Colibri

Anônimo disse...

Olá Fabiane
Vim devolver a visita e te agradecer pelo comentário.
Mas no artigo sobre Lilith não há nenhuma poesia.
É um texto de minha autoria , meus estudos sobre ela e a minha visão quando analiso os mapas...
A única citação é de Joel de Gravelaine , a quem dei o crédito. Assim como faria com vc se tivesse usado suas poesias...
Um grande abraço

AnaLua disse...

madalena:
A poesia foi usada no orkut, acho que num fórum, e sim, foi me dado os devidos créditos, por isso lhe agradeci...

Anônimo disse...

Analua
Prazer em te conhecer. Não sosseguei enquanto não encontrei sua poesia sobre Lilith. È linda sim ... Eu a postei na comuna Lilith , mas vou por no minha agora tb.
Bjs

Iana disse...

Ola...

Obrigada pela visita em meu cantinho...
Seja benvinda em meu jardim florido e sinta-se avontade entre todas as flores que lá esta e considere mais um das flores lindas que tenho por lá...

beijos mil adorei também o seu cantinho...
voltarei!!!

Boa semana e muito perfumes de rosas frescas a você...

Iana!!

PS: Já morei em Curitiba, adoro essa cidade, mais a maioria da minha família hoje vive en Londrina..

Bill Falcão disse...

Hehehe!!! Pois eu acho que nem no deserto as palavras lhe faltam, AnaLua!
Prova disso é este post!
Bjooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

as palavras sempre nos pregando peças, no abandonando muitas vezes, mas retornam, e, cúmplices, nos fazem escrever ainda mais. gostei muito do texto. abraço.

Clarissa Barth disse...

Puxa, que imagem forte descreves! Te entendo completamente, os pés fincados e as palavras que fogem. Lindo! Fases e mais fases da lua. Só não suma! Beijos!

SAM disse...

Grande beijo, querida amiga.

Unknown disse...

Olá, seguindo as marcas de seus passos deixados no Experimentando Versos, cheguei, enfim, ao seu belo espaço.
as palavras sempre nos escapam enquanto, em vão, tentamos aguarra-las e faze-las nossas mais fies complices num jogo no qual se busca-se compreender a si e o mundo através da utilização precisa daquelas. contudo, a intensidade de que cada sentimento e afeto despertado no vai e vem dos dias sempre escapa, ultrapassa, o jogo das palavras e, para estas, resta apenas não a reprodução fiel de uma realidade, mas antes, a invenção constante de outros mundos possiveis.

um abraço,

ps. coloquei o link do seu blog no meus "Blogs amigos". fazer rede entre os blogs é uma otima estrategia de torna-los mais visiveis e visitados.

Desnuda disse...

Hoje estou mãe boba, amiga! Te espero no Desnuda!

Ótimo fim de semana

Beijos, linda.

Heduardo Kiesse disse...

Mais um beijo em ti

Ígor Andrade disse...

Segue bem...
Siga caminhando, e não afundarás...

Abraço!