-Fabiane Ponte-
27 de nov. de 2007
Ártemis
21 de nov. de 2007
Afrodite
De muitos e únicos amores,
Profundos e eternos
No tempo em que duram.
Plena e Madura
Dos homens mãe e amante.
Pois me faço Donzela e Devassa
Para o meu amado.
Meus amores são carnais e etéreos.
Marginalizada
Queimada em cada bruxa
Apedrejada em cada pecadora
Apontada em cada mulher que se permite
Invejada em cada bela que assume sua fera.
Não é por conquista ou posse
O que te prende a mim
É a Liberdade
De ser e apenas estar.
-Fabiane Ponte-
16 de nov. de 2007
Duas velas
há sempre duas velas acesas
uma para Santa Maria
outra para Santa Madalena
As duas sempre estão a iluminar meu caminho
Há sempre uma oferenda de lírios brancos e de rosas vermelhas
Maria desperta-me a pureza de coração
Revela-me bondosa e compassiva
Madalena desperta-me a coragem de amar
Revela-me a violência das minhas paixões
No meu altar
há sempre dois sacrifícios oferecidos
Um pra Deusa Demeter
Outro pra Deusa Afrodite
As duas sempre estão a aflorar os meus instintos
Há sempre uma oferenda de ramos de trigo e de conchas do mar
Deméter desperta-me a Mãe eterna
Revela-me protetora e nutridora
Afrodite desperta-me a amante enlouquecida
Revela-me a sensualidade e a força da minha paixão vermelha...
Sou sempre eu mesma ainda que outra.
Um só coração bate nesse corpo de alma dividida
Porque sou plural
Ando sempre aos pares
Nunca estou só
Eu sou nós.
-Fabiane Ponte-
6 de nov. de 2007
LUNAR
Donzela em busca do Jardineiro
Prepare a terra virgem do meu coração
Arranque todas as ervas daninhas da inocência
Plante na minha alma as sementes da mulher que serei
Cuide-me. Vicejarei
Te procuro em minha Lua Cheia
Mãe e Amante em busca do Rei Guerreiro
Serei tua rainha e súdita
Esplêndida e entronizada
Destemida nas batalhas
Fértil, lhe gero filhos.
Te procuro em minha Lua Minguante
Sábia anciã em busca do Mago
E nessa alquimia
que funde minha alma e a tua
num só elemento
revelo o Mistério.
Te encontro em minha Lua Nova
E mudo as marés.