30 de nov. de 2010

Outrora

Cresço
E a dor do crescimento
Expande-se além dos ossos
Floresço
Coragem e Medo
Lucidez e Espanto
No peito
um coração bate calmo
descompassado pela mundança de ritmo
-de outrora
Na alma
uma senhora
espantada
por não saber mais da donzela
-de outrora
Na íris
serenidade inquieta
órfã do anseio
-de outrora
Do alto do meu trono de rainha
ergo os olhos vislumbrando a torre
prisão da princesa
-de outrora
Cresço
Liberta e alada
Hei de alcançar-me por inteiro
-Fabiane Ponte-

8 comentários:

Anderson Meireles disse...

Belo poema...
As vezes passo por aqui e fico relendo seus textos...
Por que você não faz postagens com mais frequência???
É que faz falta,
abraço!

Ana Ferreira disse...

Você escreve lindamente.
Seus poemas têm títulos que chamam a atenção e que, por fim, ao lê-los, embriagam-nos por inteiro.
Adorei este texto, sinto a vida da senhora passar ao fazer a leitura.

Lu Maria disse...

Parece que também me encontro em rumos e instantes de outrora em conjuntura atual... e dói despedir-se e dói a metamorfose...
Belíssimo poema!

Axé.
Lu Maria

Anônimo disse...

Blog sem e-mail torna a todo que seja estranho em mais estranho

Anônimo disse...

crescer, sempre um verbo a ser conjugado. belo poema. meu abraço e desej ode felicidade.

Penélope disse...

Analua, passando para prestigiar seu espaço.
Crescer é mais uma das fases que temos que passar e cada fase do crescimento nos ensina grandes lições.
Eis aí a magia da VIDA!!!
Lindo seu poema.
Abraços

Bill Falcão disse...

E tudo apesar das dores do crescimento. Uma beleza, como sempre acontece aqui! Bjoo!!

Celeste disse...

Agora que entrei por acaso, me apaixonei por seu blog, vejo que não postou mais a quase 8 anos? O que aconteceu?não faça isso, mulher!
Você tem grande sensibilidade, espírito poético que traduz nossa alma como uma espiã!
Volta!